Evolução - O que é?

Em 1859, o naturalista inglês Charles Darwin (1809 - 1882), estimulado pelas idéias evolucionistas presentes no contexto histórico e social da época, coleta e estuda seres vivos e fósseis durante sua viagem ao redor do mundo, publicando o livro “A origem das espécies“, dez anos após o seu retorno, no qual expôs a sua explicação sobre a Teoria da Evolução das Espécies. Em poucas palavras, essa teoria afirma que as espécies atuais são descendentes de outras que viveram no passado e que ambas possuem ancestrais comuns. Quanto aos seres humanos, a teoria afirma, por exemplo, que nós e os chimpanzés pertencemos, hoje, a espécies obviamente diferentes, mas nossos antepassados, há milhões de anos, pertenceram à mesma espécie.


Atualmente, estudos sobre a teoria da evolução baseiam-se na reconstrução da história evolutiva, agregando as evidências fósseis aos estudos da anatomia, embriologia, fisiologia comparada e genética dos organismos, buscando relações filogenéticas: quanto maior a afinidade entre duas espécies, maior a probabilidade de terem um ancestral comum.

Mas onde começa a história evolutiva da vida?

Com o advento da evolução, os cientistas passaram a acreditar que todos os seres vivos existentes na Terra tiveram origem comum, a partir de uma única célula, há aproximadamente, 3,5 bilhões de anos. Essa célula, segundo a teoria evolutiva, seria simples, porém, muito semelhante àquelas que conhecemos hoje e que formam os seres procariontes e eucariontes. Somente 2,5 bilhões de anos após o surgimento dos organismos procariontes, o processo evolutivo daria origem aos primeiros seres eucariontes mais complexos quanto à organização celular.

Como uma única célula pode dar origem a tamanha diversidade entre os seres vivos?

Variedades de animais. Foto: Reprodução
É difícil responder a essa pergunta com precisão, mas sabemos que a diversidade dos seres vivos do nosso planeta se manifesta em todos os níveis de organização – da célula aos ecossistemas – e diz respeito a todas as espécies vegetais, animais e aos microrganismos. A variedade desses seres é fundamental para que eles possam enfrentar as modificações ambientais. Quanto maior a diversidade, maior a opção de respostas da natureza, pois a distribuição dos seres vivos no planeta não é homogênea, nem estática.

É sabido que as formas de vida, inclusive a do homem, não foram sempre assim como conhecemos hoje. Desde que a vida surgiu no planeta Terra, vem sofrendo modificações, sejam elas provocadas pelo meio externo ou pelo meio interno (pH do citoplasma, herança genética, entre outros fatores).

Os biólogos avaliam que, desde o surgimento da vida, existiram de 100 a 250 milhões de espécies, 90% das quais já desapareceram por completo. Essa diversidade biológica tem sua origem na variabilidade genética e nos processos de adaptação que permitem aos seres vivos responder à enorme variedade de estímulos do ambiente. Como o ambiente e as situações que ele impõe aos seres vivos, mudam continuamente, novas adaptações aconteceram e continuam acontecendo. As espécies que não são bem sucedidas entram em extinção (seleção natural). Entretanto, o caráter evolutivo não está restrito aos seres vivos, mas ao próprio meio, que também está sujeito à ação destes seres.

Atualmente, são conhecidos entre o total de organismos, como animais, plantas, fungos e microrganismos, aproximadamente 1.700.000 espécies, mas os cientistas estimam que exista mais de 10 milhões de organismos ainda por descobrir e que, infelizmente, muitos deles desaparecerão antes que o homem possa conhecê-las.


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Criador e Editor: Jhonny Feitoza

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